domingo, 12 de janeiro de 2014

de resto, fica a experiência.




Eu espero que seu orgulho te aqueça nos dias frios.
Que a falta de sentimentalismo que você se orgulha tanto tenha cachos com cheiro de morango assim como os meus, pra você poder enrolar seus dedos neles e contar os nossos planos pro futuro.
Que o egoísmo que você insiste em carregar desperdice domingo inteiros em disputas bobas de vídeo-game regadas a refrigerante e cocegas.
Eu espero que seu mundo seja melhor que o meu só porque você não sabe olhar pra trás quando me dá as costas, é que eu cansei de ter ver indo.
Tudo bem, eu tenho uma porção de defeitos irritantes mais você assumiu o risco quando me pediu pra ser sua, porque na nossa imposição de condições estavam listados de a á z todas as minhas manias de te querer e não aceitar dividir, e os defeitos de longa data que você conhecia de salteado e experiência, bem enumerados de um a um milhão, e eles nem precisavam fazer parte da interminável lista do quanto eu não era boa suficiente pra você, porque você sabia e me quis mesmo assim.
E eu pensando que estava no meu conto de fadas.
Eu vi que era na verdade uma desventura quando você insistiu em me fazer acreditar que o era uma vez, sempre foi bobagem, e que essa parada de pra sempre não existe, o nunca é que existe sim, porque parafraseando o que você dizia: é difícil uma coisa boa durar hoje em dia.
A sua teimosia me afetou e eu comecei a ser fria, porque fui me cansando de ser a boba apaixonada que você zombava como se tivesse me ganhado numa aposta de poker com seus amigos, eu não era um copo de whisky que você podia beber e depois quebrar, eu era humana, antes de você me estragar.
E de tanto ser brinquedo aprendi a brincar, e ai você saiu da brincadeira e me deixou no meio do meu ato genial, então eu aprendi que as filosofias baratas de mulheres e seus conselhos fúteis não funcionam, não sei se o problema sou eu ou éramos nós, porque nada nunca funcionou perfeitamente, nós só aprendemos a esconder a poeira debaixo do tapete e aproveitar os domingos na cama.
Os eu te amos vazios, as promessas em vão, e eu aqui jogada no chão sem ter a mínima ideia de como vou seguir em frente, você me quebrou e não fez questão de jogar um telefone pra consertos em cima, me deixou lá ao Deus dará como uma boneca velha que já não tem mais graça usar, você me sujou, e a tola fui eu de acreditar que com você o paraíso estava próximo.
Mas obrigado pelas lições, por me mostrar o quão lindo o mundo pode ser sem você, por me dar forças pra continuar procurando meu conto de fadas, muito obrigado por apenas ser você, porque agora eu vejo o quão ruim é acreditar em mentiras e viver de aparências, de teatro eu não quero brincar mais, e que a sua próxima vítima seja a sua desgraça, se eu não me perdoou por algo e por não ter conseguido te trazer a ruína. de resto, fica a experiência.


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