segunda-feira, 14 de julho de 2014

(Não) Me deixa ir.



Uma armadura que lutou bravamente contra saqueadores de amor.
Marcas de flechadas, arranhões, impenetrável, indestrutível, é verdade tinha perdido o brilho, mas não deixava de me dar proteção.
Inúmeras batalhas, e firme e forte ela me deixava, em pé como uma muralha.
O sorriso intocado e o batom vermelho nunca foram minhas únicas armas.
O lápis preto no meu olho não fazia parte de uma máscara, eu tava pintada pra guerra meu bem.
Os copos de bebidas na minha mão não eram pra me desarmar, não importa o Whisky que oferecessem, eu virava, batia na mesa e ainda dizia, dá próxima traz algo mais forte, ser arrebatada não era parte do plano.
Eu era o general e todos os soldados,
Não queria ficar as espreitas, minha estrategia era o ataque
Rápido.
Forte.
Cruel.
Nada borrava meu batom, fossem beijos, fossem lágrimas, fosse o desmaquilante do final da noite.
Eu estava bem armada, bem equipada e bem corajosa.
Até que desamarraram meu espartilho.
Duas mãos fortes repousaram nas minhas costas e o peso da batalha se foi, eu não precisava mais lutar, fui abatida.
Nenhuma arma, nenhuma defesa, só a aproximação da paz e eu deixei.
Que no fundo eu tinha cansado de lutar, contra os mesmos inimigos.
Retirou os laços fortes que me sustentavam e eu cai, cai nos seus braços, me entreguei.
Acabou com meu forte, mandou meus soldados pra casa, porque meu coração era seu.
Repousou a cabeça na minha nuca, me agarrou forte pela cintura e disse: daqui você não sai mais, eu relaxei e me levei por você, me dei por rendida suspirei e sorri.
Se perder uma guerra contra você vai ser sempre assim...
Sou sua prisioneira, love.



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