segunda-feira, 7 de julho de 2014

Proibido Pra Você.



Você pode ler essa crônica ao som de: Wish I Was Here - Coldplay & Cat Power

Eu dou play em uma trilha sonora qualquer e fico rodopiando meus dedos em volta das notas como se fosse a maestra da nossa história de amor, e de repente qualquer música bonita é nossa.
Eu gosto de passear meus dedos pelo piano, tocando todas as notas que você me dá quando me faz dar risada, o tempo inteiro eu tenho uma partitura nova pra dedilhar.
E eu crio filmes, e edito em preto e branco mudo, porque ninguém precisa de frases quando sabe trocar olhares.
Gasto horas de dias que podiam ser jogados foras e tranco em baus com cadeados que são tão forte quanto nosso amor, só pra eu poder abrir as lembranças e deitar no colo delas pra sonhar quando eu quiser.
Eu saio cambaleando em rachaduras só pra pisar em cima delas, eu quero consertar, mas o passado é distante, você segura minha mão, me dá um giro de 180º e diz, deixa pra lá, e eu deixo, porque o som da sua voz com a brisa suave da primavera é mais importante que qualquer rachadura idiota que ficou pra lá, pra trás, bem longe, tão longe que nem enxergamos mais.
E eu não sei o que seria do inverno se não tivesse você aqui, me servindo de proteção e cobertor.
Eu quero tudo e ao mesmo tempo quero só fazer nada com você.
O conflito de asas que você dá a minha imaginação é engraçado, cada uma quer ir pra um lado e no final da confusão todas apontam pra você.
Ah se eu pudesse ser mais egoísta um pouquinho e te ter em cada minuto das 24 horas do meu dia, é que no final eu tento não pensar, tento não falar e tudo que eu acabo escrevendo é sobre você.
Desculpa essa minha mania de princesa de contos de fadas, de querer te olhar e imaginar um felizes para sempre com você, e que no fim, quando vou escrever da nossa história só me lembro de quantos dragões eu tive que enfrentar até chegar no meu príncipe encantado.
E se um dia alguém disser que não pode se achar alguém que te complete, eu escrevo uma tese inteira explicando o quanto você me completa e me faz transbordar.
Obrigado pela paciência com a minha doçura, sempre fui mais de açúcar que de adoçante mesmo, e você veio todo amargo dar o balanço certo que meu café precisava pra ser mais delicioso de se beber.
E como o fim de uma peça que emociona qualquer um que passe 5 minutos prestando atenção, eu termino meu cântico de louvor aos anjos por terem me dado você.
Aplausos pra nossa história de amor.


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