Quando estamos tristes escutamos muitas coisas que fazem com que nos fechamos mais ainda, as pessoas tentam nos ajudar mas infelizmente não tem ninguém que possa nos ajudar. Existem coisa que sentimos, que surgiram para que pudéssemos realmente sentir e aprender algo. outras para serem desabafadas. Eu sempre fiquei com a opção de cuidar de tudo sozinha, se existisse uma avalanche de problemas eu era a doida que matava no peito e pegava pra mim. Podia ser problemas de família, amigos, namoro, trabalho ou meu mesmo, eu sempre me dispunha a ajudar ou sofrer junto aquela pessoas ou situação.
Depois de muito tempo de caminhada com essa característica percebo que doía, machucava e eu ia colocando curativos onde deveriam ser dado pontos, eu escondia o que sentia para não desagradar ninguém, não me dava ao luxo de sofrer para não deixar ninguém culpado ou chateado. Escondi tudo onde ninguém podia ver e nem imaginar que existia aquela angustia, contrariamento e tristeza. Me expor nunca foi uma opção! NUNCA mesmo. Vi que ia me afundando pois os curativos não estavam mais sendo capazes de esconder mais nada. Ah que pavor de pensar em ser exposta para pessoas que certamente vão querer me ajudar, mesmo sabendo que no fundo elas estão do mesmo jeito. Me vi por um bom tempo perdida dentro de toda essa extensão de sentimentos. Não queria conselhos, auto-ajuda, psicologo ou atenção. Eu só queria ficar bem, seguir minha vida e está bem para ajudar quem eu quisesse. Como eu faria para melhorar sem me expor? Sem que ninguém saiba e venha dar palpite? Foi com essas perguntas que eu tive o meu grande divisor de águas. Conheci um amigo diferente, sério diferente de todos! Ele parecia já me conhecer e saber tudo que eu sentia, coisa de doido! Chegou em silencio, me colocou no colo e não disse uma só palavra. Senti que ele ia tirando cada um dos meus curativos com muito cuidado e carinho, me vi imóvel e sem reação pela primeira vez, eu acho que estava gostando daquilo. Depois ele me viu exposta e não se assustou, não tentou me dar conselho e nem bronca, ele me abraçou. Esse amigo realmente estava me surpreendendo, como foi que consegui passar tanto tempo sem conhece-lo? Foram dias de pura paciência e fidelidade na nossa amizade, com o tempo ele foi me contando dele ( eu ainda não tinha falado nada de mim). Então descobri que o pai dele era o mesmo que o meu, que os sofrimentos dele eram bem maiores dos que eu já havia passado e que ele já me conhecia antes mesmo que eu nascesse. Sim ele era Jesus. Não esperava por ele, nem achava que merecia ou precisa da amizade dele, mas como um lord ele chegou bateu na minha porta, de sem graça eu abri e surpresa eu fiquei. Ele curou cada ferida aberta, plantou flores na minha alma e amor no meu coração.E vejo que realmente ninguém mais alem dele poderia cuidar de tudo que havia dentro de mim. Com tudo eu não via a hora de me abrir com ele e contar tudo, cada detalhe, cada novidade e sonhos que tinha dentro de mim. Ele cuidou de mim como ninguém.
Obrigada meu amigo Jesus.
Poliana Bitencourt.
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